CONHEÇA A HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO DE BELÉM.
Primórdios e colonização europeia
Ver artigo principal: Feliz Lusitânia
A região onde se encontra Belém do Pará era inicialmente a movimentada região indígena de Mairi, moradia dos Tupinambás e Pacajás (sob comando do cacique Guaimiaba) no período do Brasil Colônia/América Portuguesa, um entreposto comercial comercial do cacicado marajoara, onde em 1580 os portugueses chegaram com a expedição militar "Feliz Lusitânia" comandada por capitão Francisco Caldeira Castelo Branco e implantaram em 12 de janeiro de 1616 na foz do igarapé do Piry (ou Bixios do Pirizal) o povoado colonial português Feliz Lusitânia (a mando do rei da União Ibérica/Dinastia Filipina Dom Manuel I) com a fundação do fortim em madeira Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo,[ contendo a capela da padroeira Nossa Senhora de Belém ou Santa Maria de Belém (atual Catedral Metropolitana ; objetivando ocupar a então Conquista do Pará ou Império das Amazonas (1615–1621, localizado na então Capitania do Maranhão), assegurando assim o domínio na Amazônia Oriental e das drogas do sertão, que os estrangeiros disputavam.
A conquista do Amazonas, por Antônio Parreiras, Museu Histórico do Pará
Forte do Presépio, construído em 1616
Planta Geral da cidade de Belém, 1791, segundo o explorador naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira. Por ordem do Dom Francisco de Sousa Coutinho, Governador e capitão general do estado do Grão-Pará e Rio Negro
A fundação de Feliz Lusitânia iniciou um período de batalhas contra os estrangeiros (holandeses, ingleses e franceses) na tentativa de assegurar o domínio da região e também contra os habitantes iniciais da região, em um processo forçado de colonização e escravização, tentando implantar um modelo econômico baseado na exploração do trabalho indígena e dos recursos primários da floresta.
Esse processo acabou por resultar na Revolta Tupinambá, que em janeiro de 1619 tomou o Forte do Castelo, mas Gaspar Cardoso mudou o curso da guerra ao matar o cacique-guerreiro Guamiaba, levando a suspensão dos ataques para realização do funeral.
Outras revoltas indígenas ocorreram até julho de 1621, quando em 1639 Bento Maciel Parente, sargento-mor da capitania do Cabo Norte, investiu sobre a aldeia dos índios Tapajós, dizimando-os e dominando a Conquista do Pará.[38][42] Com a vitória, foi nomeado Capitão-Mor do Grão-Pará, a Conquista foi transformada na então Capitania do Grão-Pará (junto a criação do Estado do Maranhão, com sede em São Luiz),[43] e o povoado foi elevado à categoria de município com a denominação de "Santa Maria de Belém do Pará" ou "Nossa Senhora de Belém do Grão Pará" (posteriormente "Santa Maria de Belém do Grão Pará" até à atual Belém) quando foram abertas as primeiras ruas da região,[38] originando o histórico bairro da Cidade Velha. Bento Maciel, durante seu governo, fortificou o Forte do Presépio com baluarte artilhado e torreão, rebatizando-o como "Forte Castelo do Senhor Santo Cristo".[42] Posteriormente ordenou outras investidas contra os invasores holandeses, expulsando-os da colônia.[45]
Em 1625, devido a posição estratégica de "Santa Maria de Belém do Pará" — numa zona relativamente bem protegida pelas baías do Marajó e Guajará —os portugueses instalaram um entreposto fiscal comercial denominado de então Casa de Haver-o-Peso (atual Mercado Ver-o-Peso),[7][46] para arrecadação de tributos dos produtos europeus trazidos para Belém,[46] e dos extraídos da Amazônia destinados aos mercados internacionais, como a carne bovina da Ilha do Marajó.[47]
Em 1627, a importância do entreposto elevou-se com a criação da primeira légua patrimonial pelo Governador do Estado Francisco Coelho.[7][48] Uma porção de terra em forma de arco com 41 100 m², iniciando as margens do rios Pará e Guamá[48] em direção ao interior[29] originando o bairro do Marco da Légua,[49] o que gerou um aumento populacional.[50] Esse crescimento de importância fez com que, em 1654, o Estado do Maranhão fosse renomeado para "Estado do Maranhão e Grão-Pará".[50][51][52]
Mas apesar da importância econômica da cidade, os serviços administrados pela Câmara de Belém entraram em crise financeira.[7] Então, em julho de 1687, afim de solucionar o problema, os parlamentares endereçaram uma carta ao rei Filipe II, solicitando a concessão dos tributos da Casa de haver-o-peso; sendo autorizada a partir do ano seguinte.[7] Com os benefícios dos tributos, em 1751, Belém alcançou o primeiro auge comercial e o nome do Estado mudou para "Estado do Grão Pará e Maranhão",[53][54][55] com a sede transferida para Belém, tornando-se a primeira capital da Amazônia.[29][31][39]
Em 1772, o Estado do Grão-Pará e Maranhão foi dividido em[53] "Estado do Maranhão e Piauí" e "Estado do Grão-Pará e Rio Negro", com sede em Belém, que permaneceram como colônias autônomas portuguesas até 1823.[56][57]
Em 1803, Dom Marcos de Noronha e Brito, Conde dos Arcos, durante seu governo, realizou o aterramento do igarapé do Piri (ou pântano Juçara), localizado no bairro da Campina (Comércio) próximo ao Mercado da Carne, para atender aos avanços urbanísticos da cidade. Tendo a foz se transformado na doca do Ver-o-Peso e na Pedra do Peixe, mantendo-se ali as atividades da Casa de Haver-o-Peso e uma feira informal de pescadores.[carece de fontes]
Século XIX
Catedral de Belém no século XIX
O processo de ruptura política e guerra do Reino do Brasil contra o Reino de Portugal em 1822, criou uma situação de indefinição, devido à distância da região aos núcleos decisórios do novo governo que se instituía no Brasil. Belém, por ser ainda ser fortemente ligada a Portugal,[39] reconheceu a Independência do Brasil em 15 de agosto de 1823, quase um ano após ser proclamada,[58][59][60] levando a então Província do Grão-Pará a uma irrelevância política, aumentando a pobreza e os surtos de doenças,[39] gerando um descontentamento popular chamado de revolta da Cabanagem,[61] entre os anos de 1835 a 1840 (comandada por Félix Clemente Malcher, Antônio Vinagre, Francisco Pedro Vinagre, Eduardo Angelim e Vicente Ferreira de Paula), influenciados pela Revolução Francesa.[39]
Assim, em 1835, os cabanos comandados por Antonio Vinagre invadiram o Palácio do Governo de Belém e executaram o então presidente da província Bernardo Lobo de Sousa e as demais autoridades, iniciando o primeiro governo sob o poder do militar Clemente Malcher, que governou com repressão e ameaças de deportações após jurar fidelidade ao Imperador D. Pedro I. Clemente Malcher foi deposto e assassinado, sendo substituído por Francisco Vinagre. Vinagre também negociou com o Governo Regencial, causando descontentamento por parte dos revoltosos. Sendo deposto dando lugar ao jornalista Eduardo Angelim.[62]
O Governo Regencial, com apoio de tropas europeias, combateu os revoltosos ao longo de cinco anos, em batalhas sangrentas, resultando em cerca de 30 mil mortos,[63] forçando os sobreviventes a irem para o interior, iniciando a atividade de agricultura, mais tarde integrando a atividade de extração do látex da seringueira, que iniciava na região, com o objetivo de produzir a borracha com o crescimento da indústria automotiva.[39][64]
Belém em 1825, por Johann Baptist von Spix & Carl Friedrich Philipp von Martius
Em 1866, foi permitida a navegação dos navios mercantes estrangeiros nos rios amazônicos, contribuindo para um novo desenvolvimento da capital.[32] Para consolidar este ato e firmar a presença imperial após a Cabanagem, foi anunciado que D. Pedro II viria a cidade oficializar a abertura.[16] Sendo assim, foi construído um Arco Triunfal cenográfico pela Companhia do Amazonas para recepção do mesmo.[16] Nesse período a fotografia passou a ter maior presença e difusão em Belém, com o fotografo português Filipe Fidanza junto ao Imperador D. Pedro II em 1867, um grande incentivador desta arte.[16]
Arco do triunfo para a visita de D. Pedro II a Belém. Fotografia de F. A. Fidanza, 1867
Belém vista da Baía do Guajará, 1889
Em 1870, houve um aumento vertiginoso da importância comercial para o cenário internacional, com a exportação do látex, devido a monopolização do mercado, iniciando assim o Ciclo da Borracha.[64] O apogeu deste ciclo foi entre 1880 e 1920, quando a cidade contava com tecnologias que as cidades das regiões sul e sudeste do Brasil ainda não possuíam,[17] como por exemplo: o Cinema Olympia - o mais antigo do Brasil em funcionamento - um dos mais luxuosos e modernos da época (inaugurado em 1912);[65][66] Teatro da Paz, um dos mais belos do Brasil, inspirado no Teatro Scala de Milão;[66] Mercado Ver-o-Peso[nota 1] (eleito uma das 7 Maravilhas do Brasil)[67] a maior feira livre da América Latina;[68][69][70] Palácio Antônio Lemos;[66] Praça Batista Campos;[66][71] Estrada de Ferro de Bragança,[72] atraindo levas de imigrantes estrangeiros, como portugueses, franceses, japoneses, espanhóis a fim de desenvolverem a agricultura e a colonização na Zona Bragantina formada por uma vasta área despovoada.[73]
Embora a cidade estivesse abalada pela revolta da Cabanagem, a Casa de Haver o Peso funcionou até 1839,[74] quando em outubro o presidente Bernardo de Souza Franco extinguiu a repartição fiscal e arrendou para a venda de peixe fresco até 1847,[74] quando terminou o contrato e foi demolida.[7][75]
Neste período foram construídas grandes edifícios e obras de infraestrutura, como a construção do Palácio Antônio Lemos em 1868, para ser o Palácio Municipal, durante o governo de Rufino Enéas Gustavo Galvão, Visconde de Maracaju (atual sede da prefeitura municipal).[76] Em 1869, Calandrine de Chermont iniciou a construção do Theatro da Paz com a influência da arquitetura neoclássica, sendo inaugurado com a companhia de Vicente Pontes de Oliveira, encenando o drama As duas órfãs de Adolphe d'Ennery.[77]
Theatro da Paz antes das intervenções na fachada
Linha de bonde puxada a locomotiva a vapor, São Brás, Belém. Fotografia de F. A. Fidanza, 1899
Em 1883, o govenador Rufino Enéas iniciou a construção da Estrada de Ferro de Bragança, para transportar a produção agrícola da região, seguindo o traçado terrestre-fluvial do Caminho dos Tupinambás[nota 2] que ligava Belém ao Maranhão.[72][79] Que antes ocorria somente via rio Caeté, posteriormente também servindo para condução do gado vindo do Piauí.[80] Sendo inaugurado somente em 1908 quando alcançou sua extensão máxima.[81]
No final do século XIX, o discurso de progresso e controle social baseado no saneamento, política de limpeza da cidade retirando de próximo ao centro os cortiços e pobreza, estimulado pelo receio das elites republicanas em relação à massa de trabalhadores que se aglomerava nas cidades e se organizavam politicamente, mas ainda sendo interpretada como “selvagem”.[82] Ocorrendo a expulsando dos populares dos centros e forçando a segregação em novos bairros periféricos, na tentativa dos republicanos construírem um “novo homem”, o trabalhador submisso mas ao mesmo tempo produtivo.[82]
A população negra concentrada no bairro do Umarizal, ganhou destaque por sua força cultural principalmente em 1848, para a primeira festa do Divino Espírito Santo, por Mestre Martinho, originando os cordões de bumbá, as pastorinhas e sambas noturnos.[82] Pórem houve um período de negação da cultura afro-brasileira durante o plano de urbanização do Antônio Lemos, onde os negros residentes no Umarizal foram transferidos para regiões periféricos da cidade, onde hoje ficam os bairros da Pedreira, Guamá, Jurunas, Cremação, Sacramenta.[82] Essa dispersão tornou o bairro da Pedreira um centro de batuques e sambas e nos arredores, com a macumba modernizado e sincretizado, do antigo batuque de babaçuê, de candomblé da Bahia, de umbanda carioca e, traços da pajelança cabocla.[82]
O ritmo carimbó ao longo da primeira metade do século XX também sofreu repressão devido origem indígena com influência negra.[82] Tanto que em 1880, chegou inclusive a sofrer proibição governamental na cidade através no “Código de Posturas de Belém” (Lei 1 208/1880):[83] "É proibido(...) fazer batuques ou samba, tocar tambor, carimbó, ou qualquer outro instrumento que perturbe o sossego durante a noite".[83]
Em 1899, ocorreu a demolição da Casa de Haver o Peso[7][75] e construído em seu lugar na Praça do Pelourinho/avenida Boulevard Castilhos Franca o Mercado Municipal de Peixe/Mercado de Ferro[84] por La Rocque Pinto & Cia seguindo a estética da art nouveau próximo ao Mercado Municipal da Carne.[85][86][86]
Século XX
Palácio Antônio Lemos em 1902
A partir de 1897, o dinheiro gerado com a comercialização do látex foi importante na reestruturação urbana e modernização de Belém com referência ao estilo arquitetônico de Paris (art déco da belle époque europeia)[16] no início do governo do intendente Antônio Lemos via projeto Paris n'América (do francês: Petit Paris) marcando o período "Belle Époque de Belém" ou "Período Áureo da Borracha".[16] Em 1902, o projeto foi finalizado com a construção de diversos palacetes, bolsa de valores, grandes teatros, igrejas, necrotério, grandes praças com lagos e chafarizes, infraestrutura sanitária, calçamento de quilômetros de vias com pedras importadas da Europa, construção da malha de esgoto nos principais bairros, aterramento de rios e córregos, alargamento de vias e criação de avenidas e boulevards, com arborização de centenas mudas de mangueira indianas, a fim de construir túneis sombreados.[87]
Praça da República em 1905, por Antônio Parreiras
Belém, anos 1910. Arquivo Nacional
Neste momento, a fotografia aparece como elemento significativo registrando as transformações urbanas do período, servindo de propaganda política das realizações do então governo estadual.[16] Estes registros resultaram no "Álbum de Belém" produzido em 1902 em Paris, com capa em baixo relevo, sob direção de Filipe Augusto Fidanza e texto de Henrique Santa Rosa.[88][89] Construindo uma imagem idealizada, reinventando um imaginário sociocultural à moda parisiense e lenista.[16] Com destaque para: o Cine Olympia (1912), o cinema mais antigo em funcionamento no Brasil,[65][90][91]
Apesar da intensa modernização dos bairros centrais, alguns como o Umarizal, ainda apresentavam formas antigas de ocupação do espaço, como: vilas estreitas, cabanas cobertos com palha ou lona, vacarias portuguesas, revelando a origem social humilde dos habitantes.[92] As vacarias, estábulos precários atrás de residências em áreas alagadiças “na baixa”, que forneciam leite in natura e cultivavam flores para ornamento de caixões.[92]
A partir da década de 1940, o município passou por outras duas grandes mudanças urbanísticas, devido novas tendências na construção civil e o plano de valorização do espaço da cidade, as vacarias foram loteados originando passagens com residências de alvenaria,[92] e nas áreas mais altas e valorizadas iniciou-se o processo de verticalização a partir da avenida Presidente Vargas.[20] Verificou-se: o aumento das densidades construídas e a elevação da altura dos edifícios; novas modalidades de seletividade social caracterizadas por arrojados projetos arquitetônicos; a incorporação de sofisticados equipamentos de lazer na área condominial com alta dos preços, criando à segregação sócio-espacial para a média e alta classe.[20]
Na década de 1950 os bairros na na zona norte e da zona sul apresentavam índices de crescimento demográfico muito expressivos, o da Marambaia alcançou um índice de 112,04%, Sacramenta 210,69%, e; Sousa 201,22%.[93] Estes chamados de bairros populares, em contraste com os velhos bairros, como o: Comércio com diminuição de 15,57%; Reduto 23, 21%, e; a Cidade Velha um crescimento de 23,25%.[93] Na década de 1960 continuaram sendo os bairros mais populosos com cerca de 280 mil pessoas.[94] Devido serem ocupadas por uma população pobre e bastante prolífera, residentes em pequenas moradias precárias em ocupações desordenadas, caracterizada por ruas tortuosas com matos nas margens lodosas de igarapés e arruamentos.[94] Enquanto a área central se esvaziava devido invasão do comércio e da elite local, os bairros iniciais da zona leste se estabilizam em amplos quarteirões com largas avenidas.[94]
Duração: 10 minutos e 27 segundos.10:27
Belém, 1975. Arquivo Nacional
Neste período os terrenos sem alagamentos da Primeira Légua Patrimonial já estavam ocupados, com o avanço das rodovias como a Belém-Brasília iniciada na década de 1950 e a de acesso ao distrito de Icoaraci[95] seguindo o traçado da antiga Estrada de Ferro de Bragança, também conhecida como ferrovia Belém-Bragança, que inicialmente fora ocupada por fazendas, alavancaram o crescimento urbano e a expansão imobiliária (de modo desordenado e carente de infraestrutura porém progressivamente valorizada) nas áreas de várzea (área de expansão), através da construção de conjuntos habitacionais e assentamentos populacionais com amplos quarteirões e largas avenidas.[94][96] destinados aos remanejados das obras de infraestrutura realizadas no centro,[96] nos eixos viários das Rodovias BR-316 e Augusto Montenegro, conhecida como “Nova Belém”/"Segunda Légua Patrimonial de Belém" (em 1899 devido a Lei de Terras, que doou as terras ao Intendência Municipal) como a Cidade Nova e a Nova Marambaia.[95][97][98] Mas essa expansão inicialmente não teve muito êxito desejado devido a infraestrutura de mobilidade não ter acompanhado aumentando os custos de deslocamento ao centro.[95]
Em 1960, ocorreu a fundação do campus principal da Universidade Federal do Pará em Belém (campus universitário do Guamá).[99] Quando iniciou a desativação da ferrovia Belém-Bragança, devido à queda nos investimentos e no faturamento com o avanço das rodovias, assim em 1965 o Ministro da Aviação Juarez Távora (do então governo de Humberto de Alencar Castelo Branco) ordenou a destruição das locomotivas e das principais estações ferroviárias do estado,[100] substituindo a Estação Ferroviária de São Brás por uma Estação Rodoviária, através do interventor Alacid Nunes, disfarçando a vingança pelo fato ocorrido em 1930, quando foi pressionado por políticos e militares paraenses à nomear Magalhães Barata interventor local.[100] A partir da década de 1990, houve a segunda expansão na área da Nova Belém, com construções de condomínios de alta renda na rodovia Augusto Montenegro.[